Puts, daqui há dez anos já estarei próximo de comemorar (comemorar?) meu aniversário de trinta e um anos. Quem diria, um garotinho ingênuo, virgem e de coração puro, vindo do interior do Ceará (e bote interior nisso!) nesse estado de espírito atual. As pessoas crescem, amadurecem. E, vezenquando, isso é bom.
Assim é a lei da vida. Aprendi desde o Ensino Fundamental com a tia Cristiane: "Todo ser vivo nasce, cresce, reproduz-se e morre". Bom, a metade dessa lei já foi cumprida. Reproduzir-se nem sei se é uma ótima ideia com toda essa miséria do mundo e sem vontade também. Às vezes sinto-me egoista em não querer propagar meus genes, os quais meus pais deram-me sem eu ter que pedir. Ah, bobagem, tanta criança sem pai no mundo e querendo um pai para si. Talvez eu prefire adotar. Enfim, ainda sou novo para pensar nessas hipóteses. (Muito bom saber que sou novo para alguma coisa ainda).
Morrer. Nem tenho medo da morte. Única certeza na vida, não é verdade? Tenho medo da forma que irei morrer. Fico imaginando aquelas cenas dramáticas e lamentantes de mortes em filmes de terror; e isso eu não quero para mim. Agora, o pós-morte será uma sensação estranha e agradável. Vida eterna? Talvez. Mas deixo esses pensamentos para quando chegar o "dia-D". Não quero ficar louco antes de chegar a Inesperada.
Minha mente amadureceu bastante; principalmente nos últimos dois anos. Uma mente aberta é o que o mundo precisa para também conseguir libertar-se da desigualdade humana. Acredito que, dessa forma, eu evolui espiritual, fisica e ideologicamente. Sinto-me tranquilo em saber que estarei ganhando conhecimento e experiência ao longo dos meus aniversários e não apenas anos de idade.
Edvar Soares.
