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22 de agosto de 2010

GAROA


Praia fria.

Acordou às seis da manhã. Após bastante insistência do irmão em levantar da cama, finalmente, foi torrar bolacha na frigideira e fazer vitamina com chocolate em pó. Seis e meia, ligou para os amigos, ainda sonolentos. Escovou os dentes, colocou o boné, foi passar protetor-solar. O irmão zombou dele: "Pra que o protetor-solar? Olha a chuva que tá tendo!". Mesmo assim, combinou com o amigo para ir à praia. Apenas um, dessa vez.

Saindo de casa, chegou na parada de ônibus completamente molhado pela chuva. Pegou o mesmo ônibus do amigo, junto ao irmão. Deixou o ônibus concluir uma volta para, então, sair o sol. Raios tímidos de sol. Novamente pela insistência fraternal, foi convencido a descer na praia.

Sentaram os três na areia. Fria e úmida areia. Correram. Brincaram. Sorriram. Pulou corda com um cipó encontrado na margem do mar. Uma garoa fez correrem de volta à parada de ônibus. Dez e meia. Queriam bronzear o corpo; como o sol não os ajudou, bronzearam a alma. Vento frio em corpos quentes.

Edvar Soares.

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